Vereador Beto Avelar reforça responsabilidades contra erros médicos no Dia Mundial da Segurança do Paciente

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No dia 17 de setembro, é celebrado o Dia Mundial da Segurança do Paciente, instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019 durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde. O objetivo da data é mobilizar pacientes, profissionais de saúde, gestores e pesquisadores em torno da defesa de cuidados mais seguros e humanizados.

No cenário nacional, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), criado pelo Ministério da Saúde em 2013, busca qualificar o cuidado em saúde em todos os estabelecimentos, públicos e privados. Entre as recomendações estão a participação ativa do paciente no próprio tratamento, a valorização da comunicação entre profissionais e usuários e a criação de uma cultura transparente de segurança dentro das instituições.

A importância desse debate ganha ainda mais força diante de casos como o relatado pelo vereador Beto Avelar que relembrou os três anos e meio desde o erro médico que deixou seu filho, Roberto de Avelar Júnior, o Juninho, em estado praticamente neurovegetativo.

Conforme o parlamentar, o jovem foi submetido a uma cirurgia mesmo apresentando bradicardia acentuada, com apenas 38 batimentos por minuto. Durante o procedimento, o anestesista responsável teria deixado a sala, descumprindo normas do Conselho Federal de Medicina. A ausência de monitoramento resultou em uma parada cardiorrespiratória e, posteriormente, em uma extubação precoce sem protocolos adequados.

“Três anos e meio de muita luta, poderia dizer até a luta pela sobrevivência, uma vez que meu filho passou aproximadamente três meses no CTI, depois mais uns quatro meses internado. Eu e minha família seguimos lutando na Justiça com todas as forças que nós temos e muita fé em Deus”, declarou Beto Avelar.

O vereador denunciou ainda as condições de trabalho no hospital, como escalas intensas e falta de transparência na disponibilização de documentos sobre o caso. Em busca de mudanças estruturais, ele defendeu a instalação obrigatória de câmeras em salas de cirurgia como forma de sensibilizar a sociedade e os órgãos competentes. “Se tivesse uma câmera lá, esse médico não teria saído da sala de cirurgia do meu filho”, explicou Beto Avelar.

O episódio vivido pela família do vereador Beto Avelar ilustra de forma dolorosa a relevância do Dia Mundial da Segurança do Paciente. Ao unir o apelo da OMS com a luta de famílias que enfrentam as consequências da negligência médica, o debate se torna urgente: “É preciso investir em protocolos, fiscalização, capacitação profissional e, sobretudo, em uma cultura que coloque a vida do paciente no centro do cuidado”, descreve o parlamentar.

Para Beto Avelar, além da justiça, resta a esperança de que Juninho possa um dia se recuperar. “Eu sei que para Deus nada é impossível. Deus queira que um dia ele possa estar consciente, e saber que esse pai aqui lutou com unhas e dentes, assim como toda a família, para que ele tivesse o melhor para se recuperar”, afirma o vereador.

Assim, a data de 17 de setembro não é apenas um marco no calendário internacional de saúde, mas também um chamado para que tragédias como a de Juninho não se repitam — e para que a segurança do paciente seja, de fato, uma prioridade global e local.

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